Na rádio AM surgiu a questão: Gilmar Rodrigues no São Carlos? Para João Victor, não como treinador, mas já está na hora de conversar a respeito (Foto: Saulo Marino) |
Escrito por João Victor
Gonçalves*
Ouvindo o programa Clube
Esportivo, da Rádio Clube AM, deparei-me com uma suposição feita pelo
comentarista Carlinhos Oliveira: a de Gilmar Rodrigues, ex-técnico do
Paulistinha e mais recentemente XV de Jaú, assumir o comando do São Carlos na próxima temporada. Confesso que fui pego de surpresa, mas pensei: quem seria o
nome ideal para comandar o trabalho da Águia na Série B do ano que vem?
Já tive a oportunidade de
conhecer Gilmar, uma grande pessoa e um profissional competente. Porém, não
creio que seja o nome ideal para ser o técnico do São Carlos FC no próximo
desafio. Explico: a disputa de uma competição tão equilibrada e dura como a
Segundona exige um nome de experiência à frente do elenco, com um currículo
inquestionável, no qual a conquista de acessos esteja presente. Neste aspecto,
apesar do belíssimo trabalho à frente do Paulistinha em 2013, Gilmar Rodrigues
não seria a melhor opção para a Águia; da mesma maneira, nomes como os de
Rodrigo Santana, comandante rebaixado nesta temporada, não agradam meus ouvidos.
Vejo treinadores como o
experiente e calejado Pinho (atualmente no Barretos), o já rodado e dedicado
Varlei de Carvalho (atualmente no Olímpia) e até mesmo o apregoado “Rei do Acesso”
Ferreirão (campeão da Quarta Divisão em 2013 com a Matonense e formador do
elenco que conquistou o acesso à A2 em 2014), com o cacoete necessário para formar
um elenco com jogadores adequados à divisão, comandá-lo e, obviamente,
conseguir os resultados esperados na próxima temporada.
Pelo seu caráter, experiência no
dia-a-dia com os jogadores e capacidade de diálogo, Gilmar Rodrigues seria uma excelente
opção dentro da diretoria do São Carlos FC para ocupar um cargo como o de
consultor técnico ou chefe das divisões de base (ouso dizer que um nome capaz
de agregar o elenco como o de Gilmar Rodrigues, que demonstrou esse poder no
Paulistinha, teria evitado o rebaixamento da Águia).
Porém, o desafio de levar o São
Carlos novamente à A3 exige alguém que, mais do que boas intenções, tenha, na
linguagem popular, “costas largas” para bancar suas decisões e as consequências
do seu trabalho, bem como um passado que justifique isso. É cedo, temos dez
meses antes do debut do Sanca na Segundona em 2015. Porém, sugestões já devem
ser bem-vistas pelos homens que comandarão o futebol de nossa cidade na próxima
temporada.
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