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Paulo André, zagueiro do Corinthians, é um dos líderes do Bom Senso FC (Foto: Divulgação/Agência Corinthians) |
Escrito por Futebol de São Carlos
Primeiro jogador do Corinthians a
dar entrevista em 2014, o zagueiro Paulo André utilizou o espaço para tratar de
questões além das fronteiras do clube. Líder do movimento Bom Senso F.C., que
reúne mais de mil jogadores, Paulo André voltou a criticar a CBF, lembrou que o movimento defende os interesses dos clubes e jogadores das divisões de acesso, disse que
novos protestos vão ocorrer e admitiu até que os atletas podem entrar em greve.
“Não houve alteração, fomos
enrolados para que a mobilização esfriasse. É mais do que possível uma greve.
Para mim, é a única medida viável, mas vamos tentar o diálogo”, disse.
O zagueiro acredita que pouco foi
feito após os protestos de 2013. “Lamentamos o desprezo e a falta de atenção ao
futebol brasileiro, que está jogado às traças e ninguém faz nada”.
Paulo André também disse que
movimento irá batalhar pelos torcedores. Citou os valores dos ingressos e a
falta de conforto dentro dos estádios. “Se você for na Uefa, e eu sei que não é
legal comparar Brasil com Europa, mas lá a prioridade é a capacitação de
treinadores, porque são eles que desenvolvem os jogadores. Aqui a prioridade da
CBF é vender patrocínio da seleção", disparou.
Times ‘pequenos’
O Bom Senso F.C. luta por um
calendário que tenha uma quantidade mínima e máxima de jogos por ano, férias
ininterruptas de 30 dias, pré-temporada mais longa e responsabilidade
financeira dos clubes – chamado de ‘fair play financeiro’.
“O futebol brasileiro tem
verdadeiros boias-frias, e estamos lutando por eles. Os times pequenos jogam 15
jogos o ano todo, são 18 mil atletas que ficam desempregados a partir de abril,
não existe fair play”, afirmou Paulo André, que já jogou a quarta divisão do futebol paulista pelo Águas de Lindóia, clube que atualmente está licenciado de competições profissionais.
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