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Aliados de Ricardo Teixeira, Marco Polo Del Nero e José Maria Marin tem o controle absoluto do futebol brasileiro (Foto: Reprodução/Cosme Rímole) |
Escrito por Futebol de São Carlos
A Confederação Brasileira de
Futebol tem novo Presidente. Como era de se esperar, e como foi planejado pelo
político militar José Maria Marin e arquitetado por Ricardo Teixeira - que saiu
da CBF após denúncias de desvio de dinheiro -, o candidato único na eleição,
Marco Polo Del Nero, que também é Presidente da Federação Paulista de Futebol, foi
eleito com 44 votos a favor, dois contra e uma abstenção. Ele será o
representante máximo do futebol brasileiro para o exercício nos próximos quatro
anos.
No futebol, Del Nero participou
da Comissão de Sindicância do Palmeiras, além de ser diretor jurídico, diretor
de futebol e secretário do Conselho de Orientação do mesmo clube, nas décadas
de 1970 e início dos anos 1980. Na FPF, está presente desde 1985, integrando o
Tribunal da Justiça Desportiva, onde tornou-se Presidente em 1988. Em 2003,
chegou ao cargo máximo da entidade substituindo Eduardo José Farah, e permanece
até os dias atuais na função.
Atraso para o futebol brasileiro
Mesmo consciente de que seria
eleito, Marco Polo Del Nero ironizou os opositores no seu discurso de posse.
“Hoje foi um dia muito importante na minha vida de dirigente esportivo. Fui
eleito de uma maneira expressiva e isso é uma felicidade. Sabemos da grande
missão que temos pela frente, das obrigações e da responsabilidade que virá em
seguida”, comentou, via assessoria de imprensa.
Segundo ele, a filosofia de
trabalho será semelhante às gestões anteriores. “Ao tomar posse nós colocamos o
nosso estilo, mas a administração segue na mesma linha. Da mesma maneira que o
Ricardo Teixeira tinha o estilo dele de administrar, e o [José Maria] Marin o
dele, eu tenho o meu”, ressaltou.
Marin e Del Nero assumiram a CBF
em 2012, após uma série de denúncias de irregularidades contra o ex-presidente
da entidade Ricardo Teixeira, que dirigiu a CBF de maneira ditatorial entre os
anos de 1989 a 2012, quando finalmente renunciou ao cargo. De maneira oficial,
Del Nero toma posse apenas em abril de 2015, e deixa o cargo em 2019. Apesar
disso, as eleições foram antecipadas para antes da Copa do Mundo para tentar
abafar as denúncias relacionadas a administração da entidade.
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