Mesmo com Neymar, JV considera esta geração como uma das piores do país, apesar de isentar os jogadores de culpa (Foto: Jerfferson Bernardes/Vipcomm) |
Escrito por João Victor Gonçalves*
Num primeiro momento, o impacto
do 7-1 sofrido pelo Brasil contra a Alemanha parece recair sobre jogadores,
comissão técnica e o trágico destino final é a eliminação do Brasil da Copa da
qual foi um digno anfitrião. Mas as reflexões sobre a partida vão muito além do
que podemos imaginar...
A vexatória eliminação atesta a
falência do modelo administrativo do futebol brasileiro. Modelo baseado na
gestão de coronéis, na dependência dos grandes clubes em relação à CBF, no
enriquecimento de pessoas ligadas a carreiras de jogadores e, principalmente no
que diz respeito à nossa realidade interiorana: descaso com os clubes de menor
expressão.
As categorias de base também não
escapam da “avalanche alemã”: o modelo de formação de atletas Hulk’s, com a
preocupação de assinar um contrato rentável e de conquistar títulos a torto e a
direito a nível estadual, resulta numa das piores safras de atletas já vista
nesta terra de campeões.
Mudanças urgentes são necessárias,
pois existem vários caminhos possíveis. Porém, não será em um parágrafo que
começarei a elencá-las. Isso é ocasião para um próximo capítulo desta coluna,
no qual a cabeça de quem lhes escreve estará menos atordoada...
*João Victor Gonçalves é blogueiro do Globo Esporte,
estudante de Medicina, tem 19 anos e é
torcedor de São Carlos FC e Paulistinha, além do extinto Grêmio. Sempre
presente nas históricas arquibancadas do Luisão!
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