Rodrigão anuncia aposentadoria: último clube que defendeu foi o São Carlos (Foto: arquivo pessoal) |
Escrito por Futebol de São Carlos
O agora ex-atacante Rodrigão, 36
anos, anunciou que está deixando o futebol profissional após 16 anos de carreira
e 20 clubes no currículo, dentre eles Santos, Palmeiras, Vitória e
Internacional. A última competição que disputou foi a Série A3 do Campeonato
Paulista, quando o goleador chegou ao São Carlos no meio do campeonato, mas não
conseguiu evitar o rebaixamento do clube.
Em entrevista ao jornalista Lincoln
Chaves o atacante afirmou que pendurou as chuteiras por causa da idade, mesmo
acreditando que ainda teria fôlego para jogar por um time da elite. “Meu pai
até achava que, pela queda do futebol brasileiro tecnicamente, daria para estar
em um clube grande. Se eu concordo? Sim. Nosso futebol, hoje, é mais físico.
Joguei duas vezes a Série B do Paulista [equivalente a quarta divisão], que é
sub-23, e se o aspecto técnico é bem inferior ao de um Brasileiro, você
enfrenta meninos com um vigor físico elevado, e joguei de igual para igual com
eles. Na Série A [do Brasileiro], o futebol é até mais cadenciado, menos
corrido, e na parte técnica o atleta acaba não perdendo” disse.
Outro fator que influenciou Rodrigão
a abandonar os gramados foi a dificuldade de encontrar um clube que estivesse
interessado no seu futebol – o recém aposentado não tinha um empresário há
quase cinco anos. “Sei que posso jogar um Paulista, marcar 40 gols, bater
recordes, que o Santos, ou o Flamengo, ou o Cruzeiro não vão me contratar,
porque tenho 36 anos e não sou mais visto como “moeda”. Eu poderia sim
[prolongar a carreira], jogar até 38, 39 anos. Mas, nos últimos anos, já vinha
preparando a cabeça para me aposentar. Foi uma carreira de altos e baixos,
amizades e muito aprendizado”, garantiu o ex-marido da Hortência, campeã mundial
de basquete pelo Brasil.
Apenas um título
Rodrigão iniciou a carreira no Santos,
em 1999. No ano seguinte foi emprestado ao Internacional de Porto Alegre e
ganhou o apelido de “Rodrigol”. Voltou para a Vila Belmiro e se tornou titular no
Paulistão e no Torneio Rio-São Paulo de 2001.
Do Alvinegro, o ex-centroavante
foi para o Saint-Etiénne, da França. Sem sucesso na Europa, rodou por clubes do
Brasil e do mundo, como Botafogo, Marítimo (Portugal), Santo André, Al Hilal
(Arábia Saudita), Palmeiras, Vitória – onde foi campeão baiano -, Jabaquara,
Portuguesa Santista. O último time que defendeu foi o São Carlos.
“Obtive classificação à Copa da
Uefa com o Marítimo, vaga na Copa da Ásia pelo Al Hilal... Título, realmente,
só aquele pelo Vitória. Mas por quê? Eu qualifico os agentes em dois segmentos:
o orientador e o negociador. O negociador, que existe em 90% dos casos, negocia
o atleta, pega os 10% e some. Não te dá dicas, estrutura. E tem o orientador,
que só fui ter com 26, 27 anos. Em 2001, por exemplo, estava bem no Santos,
mas, por outras situações, fui vendido para a França. Se tivesse ficado,
provavelmente seria campeão brasileiro em 2002. Acabei não conquistando mais
títulos, até mesmo pela falta de um [empresário] orientador no início da
carreira”, reflete o ex-camisa 9.
Rodrigão revelou ainda que deve
seguir trabalhando com futebol, agora como empresário. No São Carlos, ele
disputou oito partidas e marcou dois gols.
O São Carlos entrou na história do jogador: último clube e último gol como profissional (Foto: Divulgação/São Carlos FC) |
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