Rodrigão e Alexandre: veteranos lutam para que o São Carlos permaneça na A3 (Foto: Divulgação/São Carlos FC) |
Escrito por João Victor
Gonçalves*
A versão semanal da coluna desta
vez será rápida, direta, quase matemática. Mesmo porque a situação do São
Carlos Futebol Clube na Série A3 é simples: duas vitórias em três jogos e o
time estará livre do risco de queda à Segunda Divisão. Nesta quarta-feira, o
adversário da “Águia da Central” em sua luta pela sobrevivência será o novato
Água Santa de Diadema, que briga por uma vaga entre os oito primeiros. Como
referência para o próximo duelo, podemos avaliar a última atuação da equipe,
contra a Francana.
Vale ressaltar que, acima dos
erros e acertos, a vitória foi fundamental. Uma derrota ou um empate selariam
(não matematicamente, mas psicológica e moralmente) o rebaixamento da equipe ao
quarto escalão paulista. Cientes de sua obrigação de vencer, os jogadores do
São Carlos mostraram na primeira etapa uma determinação poucas vezes vista
nesta A3.
Porém, não só da empolgação viveu
a equipe são-carlense no último jogo: a organização tática do primeiro tempo
surpreendeu a todos. Alexandre, numa de suas melhores atuações com a camisa do
São Carlos, não ficou centralizado com a responsabilidade de ser o “homem da
sobra”, caindo pelos lados, sendo mais efetivo nos desarmes e conseguindo
conectar as jogadas do meio campo com os setores ofensivos.
Outro jogador que merece destaque
é Rafael Oller: sem sombra de dúvidas, o talentoso meia-armador (posição rara
no futebol atual) é o grande nome do time são-carlense na temporada. Contra a
Francana, mostrou seu “faro de gol”, fazendo com que os torcedores não notassem
a ausência de Fábio Luís, um dos artilheiros da A3.
Dos minutos finais da segunda
etapa, porém, vem a nota preocupante: após um relaxamento natural, a equipe
sofreu o gol da Francana e se desequilibrou emocionalmente. Sem respeitar o
padrão tático definido por Santana e Belarmino, os atletas quase colocaram em
risco uma vitória praticamente certa contra uma das equipes mais fracas do
campeonato.
Para o duelo da próxima quarta,
as chances de vitória são reais caso a equipe repita a atuação do primeiro
tempo. Porém, se o desequilíbrio emocional e tático dos minutos finais do jogo
de sábado for repetido, o São Carlos terá que decidir sua vida contra Taubaté e
Novorizontino. Aguardemos!
*João Victor Gonçalves é blogueiro do Globo Esporte (Futebol na Oceania), estudante de Medicina, torcedor de São Carlos FC e Paulistinha. Sempre presente nas históricas arquibancadas do Luisão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário