Fantasma do rebaixamento vem assombrando o Luisão desde 2013, ano em que o São Carlos caiu para a A3 (Foto: Reprodução/Instagram) |
Escrito por João Victor
Gonçalves*
Amigos, confesso que, no início
do ano de 2014, não imaginava escrever esta coluna referente às últimas rodadas da
Série A3 com o São Carlos já sem chances de classificação à fase final. Com
maior tristeza digo que a atual situação da Águia, por mais inacreditável que
possa parecer aos torcedores antes esperançosos (como eu), é justa e compatível
com o pequeno futebol apresentado pelos comandados de Rodrigo Santana até aqui.
Aliás, “comandados de Rodrigo
Santana” talvez seja um termo muito forte para definir o atual elenco do Sanca.
Interino no cargo desde a saída de Roberto Oliveira, na 3ª rodada, Santana
tinha o prestígio de ter comandado a equipe de juniores numa honrosa campanha
na Copa São Paulo. Porém, suas atuações à frente do time principal deixam muito
a desejar: na partida contra o Flamengo, a falta de ousadia do treinador ficou
evidente com a escalação inicial de (pasmem!) quatro volantes, sendo que o
centroavante Fábio Luís, um dos poucos nomes que se salvam na fatídica campanha
da equipe na A3, ficou isolado no setor ofensivo, tendo que voltar muitas vezes
ao setor de meia-cancha para recuperar a posse de bola. No segundo tempo, a
tentativa desesperada de levar a equipe ao ataque resultou (por sorte) num gol,
mas deixou como maior lição a necessidade de o São Carlos se impor dentro de
seus domínios.
Outra coisa que tem chamado atenção
são as raras (para não dizer inexistentes) orientações de Rodrigo a seus
jogadores durante as partidas. No confronto contra o Guaçuano, em Itapira, era
Nenê Belarmino quem determinava a estratégia a ser seguida pelos atletas em
campo. Não quero desmerecer a pessoa de Santana, mas, será que esta condição
secundária à frente da Águia da Central não seria um retrocesso em sua carreira
profissional? Vale a reflexão.
Porém, seria muito cômodo de
minha parte transferir toda a culpa da atual situação do SCFC à comissão
técnica e diretoria. “Peças-chave” para o pífio aproveitamento até aqui são os
jogadores. Mais especificamente, o setor defensivo. Os 22 gols marcados até
aqui na A3 isentam de maiores críticas a vanguarda comandada por Fábio Luís e
Rafael Oller. Porém, a terceira pior defesa da competição continua com suas
peripécias: mal posicionados, os jogadores do São Carlos mostram sérias
dificuldades de marcação e, com falhas individuais e coletivas, ostentam a
incrível marca de 27 gols sofridos em 15 jogos, só sendo superados
negativamente pelo vice-lanterna Noroeste, e pelo lanterna Guaçuano.
Não é difícil para cada torcedor
que comparece às arquibancadas do Luisão apontar os nomes dos principais
culpados (dentro das quatro linhas) pela situação atual do clube. Mesmo assim,
ainda acredito na conscientização individual e possibilidade de superação das
dificuldades para que possamos ficar na Série A3 e, portanto, evitarei críticas
dirigidas a determinados atletas. Espero que, como forma de retribuição ao
apoio das arquibancadas e aos salários pagos em dia pela diretoria, o grupo
consiga um resultado positivo no difícil duelo contra a Francana, marcado para sábado,
às 17h no estádio do Luisão. Todavia, se ao final dos 90 minutos, observarmos
mais um fracasso, será difícil encontrar justificativas e veremos o fantasma da
Segundona cada vez mais próximo...
*João Victor Gonçalves é blogueiro do Globo Esporte (Futebol na Oceania), estudante de Medicina, torcedor de São Carlos FC e Paulistinha. Sempre presente nas históricas arquibancadas do Luisão.
só acho que o são carlos não aproveitou atletas que possuia e agora fica com esse goleiro fraco essa equipe falsa e desmotivada e os que ele não fez bom uso estão em outros clubes mais bem valorizados!!!
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