quinta-feira, 27 de março de 2014

OPINIÃO: Entre a frustração da eliminação e o fantasma do rebaixamento

Fantasma do rebaixamento vem assombrando o Luisão desde 2013, ano em que o São Carlos caiu para a A3 (Foto: Reprodução/Instagram)
Escrito por João Victor Gonçalves*

Amigos, confesso que, no início do ano de 2014, não imaginava escrever esta coluna referente às últimas rodadas da Série A3 com o São Carlos já sem chances de classificação à fase final. Com maior tristeza digo que a atual situação da Águia, por mais inacreditável que possa parecer aos torcedores antes esperançosos (como eu), é justa e compatível com o pequeno futebol apresentado pelos comandados de Rodrigo Santana até aqui.
Aliás, “comandados de Rodrigo Santana” talvez seja um termo muito forte para definir o atual elenco do Sanca. Interino no cargo desde a saída de Roberto Oliveira, na 3ª rodada, Santana tinha o prestígio de ter comandado a equipe de juniores numa honrosa campanha na Copa São Paulo. Porém, suas atuações à frente do time principal deixam muito a desejar: na partida contra o Flamengo, a falta de ousadia do treinador ficou evidente com a escalação inicial de (pasmem!) quatro volantes, sendo que o centroavante Fábio Luís, um dos poucos nomes que se salvam na fatídica campanha da equipe na A3, ficou isolado no setor ofensivo, tendo que voltar muitas vezes ao setor de meia-cancha para recuperar a posse de bola. No segundo tempo, a tentativa desesperada de levar a equipe ao ataque resultou (por sorte) num gol, mas deixou como maior lição a necessidade de o São Carlos se impor dentro de seus domínios.
Outra coisa que tem chamado atenção são as raras (para não dizer inexistentes) orientações de Rodrigo a seus jogadores durante as partidas. No confronto contra o Guaçuano, em Itapira, era Nenê Belarmino quem determinava a estratégia a ser seguida pelos atletas em campo. Não quero desmerecer a pessoa de Santana, mas, será que esta condição secundária à frente da Águia da Central não seria um retrocesso em sua carreira profissional? Vale a reflexão.
Porém, seria muito cômodo de minha parte transferir toda a culpa da atual situação do SCFC à comissão técnica e diretoria. “Peças-chave” para o pífio aproveitamento até aqui são os jogadores. Mais especificamente, o setor defensivo. Os 22 gols marcados até aqui na A3 isentam de maiores críticas a vanguarda comandada por Fábio Luís e Rafael Oller. Porém, a terceira pior defesa da competição continua com suas peripécias: mal posicionados, os jogadores do São Carlos mostram sérias dificuldades de marcação e, com falhas individuais e coletivas, ostentam a incrível marca de 27 gols sofridos em 15 jogos, só sendo superados negativamente pelo vice-lanterna Noroeste, e pelo lanterna Guaçuano.
Não é difícil para cada torcedor que comparece às arquibancadas do Luisão apontar os nomes dos principais culpados (dentro das quatro linhas) pela situação atual do clube. Mesmo assim, ainda acredito na conscientização individual e possibilidade de superação das dificuldades para que possamos ficar na Série A3 e, portanto, evitarei críticas dirigidas a determinados atletas. Espero que, como forma de retribuição ao apoio das arquibancadas e aos salários pagos em dia pela diretoria, o grupo consiga um resultado positivo no difícil duelo contra a Francana, marcado para sábado, às 17h no estádio do Luisão. Todavia, se ao final dos 90 minutos, observarmos mais um fracasso, será difícil encontrar justificativas e veremos o fantasma da Segundona cada vez mais próximo...


*João Victor Gonçalves é blogueiro do Globo Esporte (Futebol na Oceania), estudante de Medicina, torcedor de São Carlos FC e Paulistinha. Sempre presente nas históricas arquibancadas do Luisão.

Um comentário:

  1. só acho que o são carlos não aproveitou atletas que possuia e agora fica com esse goleiro fraco essa equipe falsa e desmotivada e os que ele não fez bom uso estão em outros clubes mais bem valorizados!!!

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