João Victor: "Fico assustado com o nível da arbitragem na Série A3, reflexo das atuações da categoria a nível nacional" (Foto: Gustavo Curvelo) |
Escrito por João Victor
Gonçalves*
O tema da coluna de hoje está
dentro das quatro linhas; porém, longe do contato com a bola. Seus instrumentos
de trabalho são apitos, spray, cronômetro e cartões. Sim, já está claro que
falarei da arbitragem. Porém, a menção a esta categoria de protagonistas do
espetáculo, em 99%, é negativa. Hoje não será diferente.
Fico assustado com o nível da
arbitragem no Campeonato Paulista da Série A3 até aqui, a qual não é nada mais
que o reflexo das atuações da categoria a nível nacional. Falta de critério,
decisões polêmicas, erros técnicos... o rol de atitudes equivocadas dos homens
do apito é extenso e merece nossa atenção.
Dois jogos do São Carlos no
Luisão merecem destaque: no confronto contra o Noroeste, ficou evidente a falta
de critério do árbitro Cristiano de Lazzari. Após ignorar uma série de faltas
passíveis de punição com cartão amarelo, saiu distribuindo a torto e direito as
tarjetas nos minutos finais do encontro. Sua atuação foi equivalente à das
equipes na ocasião, naquela que foi uma das partidas com pior nível técnico da
competição até aqui.
Inversamente proporcional à
atuação de gala do São Carlos contra o Independente foi a do árbitro Marco
Antônio Gomes Filho. Exceção feita à expulsão de Lucas Franco (causada mais por
imprudência do jogador que por rigor da arbitragem), as decisões capitais do
árbitro foram contestáveis. O pênalti sobre Negueba e outras duas possíveis
ocasiões de pênalti em que Hédipo foi derrubado na área poderiam inverter
completamente o placar da partida. O auxiliar número 1, Victor Silvério
Martini, errou na não-marcação de impedimentos facilmente distinguíveis por boa
parte dos 295 pagantes que foram ao Luisão. Se a tarde de superação da Águia
dificilmente será esquecida pelos torcedores, a da arbitragem, por motivos
opostos, será lastimada por um bom tempo.
Mas a parcela de culpa do elenco
do São Carlos FC em decisões relacionadas à arbitragem também não pode ser
esquecida. Exceção feita às partidas contra o Noroeste e a Santacruzense, em
todos os outros encontros a Águia da Central teve um atleta expulso e/ou
cometeu um pênalti. A atenção à disciplina e critérios “excêntricos” da FPF
(como a orientação de marcar faltas em quaisquer toques da mão na bola, sejam
intencionais ou não) deve ser destacada por Rodrigo Santana e sua comissão
técnica.
Para a partida contra o
tradicional América de São José do Rio Preto, fica a expectativa de um
resultado positivo do atento São Carlos. Já para os homens do apito, fica a
esperança de uma atuação com o menor número de erros possível. Dessa maneira, a
mãe do Sr. Homem do Apito será bem lembrada, os alambrados serão preservados e,
certamente, teremos um espetáculo digno no gramado do Luisão.
*João Victor Gonçalves é blogueiro do Globo Esporte (Futebol na Oceania), estudante de Medicina, tem 18 anos e é torcedor de São Carlos FC e Paulistinha. Sempre presente nas históricas arquibancadas do Luisão
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