Temporada 2013 tem sido desastrosa para a Águia da Central (Foto: Reprodução/Facebook SCFC Oficial) |
Escrito por João Victor
Gonçalves*
Seria muita hipocrisia dizer que,
após a vitória de ontem, o São Carlos FC aparece como candidato à conquista da
vaga na próxima fase da Copa Paulista. Longe disso: a equipe montada com o aval
da nova diretoria, capitaneada pelo investidor Carlos Antunes, está muito além
das expectativas: a exceção do sempre esforçado Marinelson, do constante
Galiardo e do experiente arqueiro Filippi, não há nomes de destaque no plantel
da Águia da Central, que ocupa a 6ª colocação entre 7 equipes no Grupo 2 da
referida competição.
O experiente treinador Roberto Oliveira não conseguiu acertar a equipe nestes oito jogos: a representação são-carlense não apresenta um projeto tático constante, lançando-se ao ataque desesperadamente em algumas ocasiões, nas quais abre brechas que podem ser fatais quando bem aproveitadas pelos adversários (a partida contra a Ferroviária foi um bom exemplo) ou apostando num esquema defensivo cuja posse de bola é predominantemente do rival. Em encontros nos quais os oponentes foram mais efetivos, a vitória escapou das mãos da Águia, como no duelo em Limeira contra a Internacional.
O experiente treinador Roberto Oliveira não conseguiu acertar a equipe nestes oito jogos: a representação são-carlense não apresenta um projeto tático constante, lançando-se ao ataque desesperadamente em algumas ocasiões, nas quais abre brechas que podem ser fatais quando bem aproveitadas pelos adversários (a partida contra a Ferroviária foi um bom exemplo) ou apostando num esquema defensivo cuja posse de bola é predominantemente do rival. Em encontros nos quais os oponentes foram mais efetivos, a vitória escapou das mãos da Águia, como no duelo em Limeira contra a Internacional.
O fracasso na Copa Paulista pode
ser atribuído a dois aspectos principais: o pequeno tempo para treinamento
antes do início da competição e o baixo nível técnico de alguns atletas. O
primeiro argumento pode ser contestado com os bons resultados obtidos por
equipes que também tiveram um pequeno tempo de preparação (como a própria Internacional
de Limeira); já o segundo aparece como uma grande evidência: além da limitação
técnica, a competição parece não despertar o brio da maioria dos atletas, que
se acomodam numa realidade que inclui estádios vazios, salários relativamente
baixos quando comparados ao dos certames nacionais e estaduais e a falta de
estímulo para a disputa por parte da Federação Paulista de Futebol (FPF).
A consequência para o São Carlos
FC parece ser o desmanche do grupo ao término da competição, o que se opõe ao
projeto inicial da diretoria de formar a partir deste time a base para a
disputa da Série A3 de 2014. Com exceção dos jogadores já citados e de alguns
recém-chegados (cuja análise nesta página seria injusta), nenhum atleta
mostra-se com condições de compor os 11 titulares da Águia na próxima
temporada. O próprio Roberto Oliveira, que chegou ao Luisão apoiado por sua
vasta experiência no cenário nacional em equipes como Fortaleza e Náutico, já
vê seu cargo ameaçado pelo mau desempenho da equipe. Além do simpático apelido
de “Rubens Maciel” que ganhou da torcida, convive com a cobrança de alguns
torcedores, que já pediram a saída do “Campeão Indígena” (numa clara ironia à
mais recente conquista do treinador - o Campeonato Tocantinense, no comando do
Interporto).
Restam quatro jogos para o
término da primeira fase da Copa Paulista e, pelo futebol apresentado até aqui,
dificilmente o Sanca conseguirá alcançar a classificação (que será obtida com a
soma de improváveis 10 pontos). A expectativa é que os novos jogadores consigam
realizar boas atuações e garantir seu posto no elenco que brigará pelo acesso
na próxima temporada. Uma boa oportunidade de recuperação da imagem do grupo
será o clássico regional contra a Ferroviária, na Fonte Luminosa, onde o São
Carlos historicamente consegue bons resultados. Uma vitória sobre a Ferrinha
não significaria, necessariamente, a classificação, mas aumentaria e muito a
moral destes profissionais, principalmente com os torcedores.
Para terminar, faço questão de
ressaltar a comprovação de que a cada dia que passa, minha fama de “pé-frio”
aumenta: nesta temporada, fui a 9 jogos da “Águia da Central” no Luizão: 1
vitória (contra o Barueri), 2 empates (contra Catanduvense e Independente) e 6
derrotas (para Guaratinguetá, Audax, Noroeste, Red Bull, Internacional e
Ferroviária). Nos jogos em que não compareci (4, ao todo), três vitórias (sobre
Juventus, Santacruzense e Sertãozinho) e um empate (contra o Rio Claro). Será
que ainda resta alguma dúvida sobre a minha “fase”!?
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