sábado, 24 de agosto de 2013

OPINIÃO: Paulistinha é sinônimo de desconfiança e superação na Serie B

O eficiente goleiro Alison é um dos responsáveis por colocar a equipe na terceira fase do estadual (Foto: Wagner Van Pelt/Colaboração)

Escrito por João Victor Gonçalves*

No início da temporada poucos apostavam numa jornada digna do Clube Atlético Paulistinha no Campeonato Paulista, já que em sua primeira experiência no profissionalismo, em 2010, o time confirmou o status de mero coadjuvante no certame, conquistando apenas uma vitória em 12 jogos. A tentativa de valorização dos atletas locais não deu certo: sérios problemas técnicos e táticos afligiram a equipe, que terminou a competição com a 4ª pior defesa entre os 46 participantes, com 36 gols sofridos.
Porém, em 2013, as coisas mudaram: em sua segunda participação no profissional, atletas que tiveram boas passagens pelas categorias de base do São Carlos F.L. conseguiram fazer com que a equipe superarasse o desempenho de 2010. Nomes como Lucas Cezane, Rubens Tuco e Renan Balbi surgiram como pontos de referência para a jovem equipe. Ao talento do trio, somou-se o “faro de gol” do artilheiro Luizão e a eficiência do arqueiro Alison, que colocaram a equipe na terceira fase do estadual.
Mas agora, o aprimoramento tático é fundamental para que o Paulistinha lute pelo acesso: nas últimas atuações, o poderio ofensivo da equipe ficou limitado às jogadas individuais de Tuco, ao oportunismo do isolado Luizão e às jogadas de bola parada. O equilíbrio entre o ataque e a defesa é fundamental. Além disso, Gilmar Rodrigues, que tem seus méritos mais pelo apoio psicológico que dá aos jogadores do que propriamente pelo esforço tático em organizar a equipe dentro das quatro linhas, deverá mudar seu conceito. Recentemente, declarou em entrevista à imprensa local que prefere ver seu time “perdendo jogando ofensivamente do que empatando jogando atrás”.
Ao lado de União Suzano, Olímpia e Assisense, o Tio Patinhas aparece como candidato à segunda vaga do grupo, que tem como grande favorita a representação suzanense. O rival direto do time são-carlense promete ser o tradicional Olímpia, que já esteve na elite do futebol paulista. Já o Assisense, equipe que substituiu o VOCEM no cenário futebolístico da cidade de Assis, aparece como o “azarão” da chave. Vale destacar que na 2ª Fase o Assisense fez valer o “fator campo” e, com boas atuações no Antônio Viana da Silva, obteve a classificação.
Portanto, pontuar longe de seus domínios é fundamental para o Paulistinha conquistar uma vaga na 4ª Fase. Essa deve ser a missão para a partida desta tarde, quando o CAP encara o Olímpia no tradicional Maria Tereza Breda, na “Cidade Menina-Moça”, às 17h. É incontestável que o desempenho da equipe em 2013 surpreendeu positivamente os seus torcedores. Mas a qualidade e vontade demonstradas por este grupo de atletas durante boa parte do campeonato servem como indicativo de que a nova sensação do futebol são-carlense pode ir ainda mais longe na Segundona.


*João Victor Gonçalves é blogueiro do Globo Esporte (Futebol na Oceania) estudante de Medicina, tem 18 anos e é  torcedor de São Carlos FC e Paulistinha. Sempre presente nas históricas arquibancadas do Luisão.

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