APAGÃO: Sem energia no Estádio Zuzão, jornalistas tem dificuldade para trabalhar

Wagner Quersi é um dos repórteres que tem encontrado dificuldade para trabalhar no Estádio Municipal do Zuzão (Foto: Colaboração/Luiz Felipe Rossi)

Escrito por Gustavo Curvelo

A imprensa sãocarlense sofre. Não bastasse a promessa não atendida da Prefeitura em reformar as cabines do Estádio do Luisão, principal palco esportivo da cidade, os poucos que se aventuram a valorizar e cobrir as categorias Sub-15 e Sub-17 do São Carlos Futebol Clube no Campeonato Paulista convivem com um problema incomum em outro estádio, o Zuzão, local onde acontece a maioria dos jogos das categorias de base: falta energia elétrica!

Além de acomodações acanhadas para a imprensa, o apagão elétrico no estádio ocorre, no mínimo, desde o início do torneio estadual juvenil, há mais de duas semanas. De lá pra cá, o São Carlos já jogou duas vezes "em casa".

O jornalista Luiz Francisco Francelim tem feito filmagens dos jogos das categorias de base do São Carlos, e precisa de eletricidade para recarregar seus equipamentos eletrônicos. “A energia é imprescindível para os profissionais da imprensa, pois uma parte dos nossos instrumentos de trabalho precisam ter a bateria trocada constantemente, ainda mais em campeonatos como o Sub-15 e o Sub-17, que são dois jogos seguidos”, comentou.

Para ele, o impasse já deveria ter sido resolvido. “Pelo que me passaram o problema é com a fiação, que foi roubada, então seria aceitável a ausência de energia na primeira rodada. A questão é que se passaram 15 dias, e nada foi feito”, criticou.

Municipal

Além dos Campeonatos Paulista Sub-15 e Sub-17, que já estão em andamento, os torneios Amador e o Varzeano de São Carlos começam no próximo dia 18, e serão transmitidos por alguns veículos de comunicação, entre eles a empresa de Wagner Quersi. Ele, aliás, observa também outros problemas no estádio municipal.

“A verdade é que o Zuzão não tem a mínima condição para a imprensa trabalhar. Além do problema com a energia, também tem a chuva, que quando cai deixa a cabine toda alagada. É aí que a imprensa tem que dar o famoso ‘pulo do gato’”, disse Wagner, que faz filmagens dos torneios municipais há mais de 15 anos.

“Presenciei diversas situações inusitadas no Zuzão, como uma vez em que a bola foi parar dentro da cabine. Nessa hora a gente teme pelo equipamento, que pode ser danificado. Sem contar das vezes que tive que dividir a cabine com uma rádio... se uma equipe de transmissão fala um pouco mais alto o áudio da cobertura já fica completamente comprometido”, acrescenta.

Prefeitura promete reparo

Segundo o chefe de gabinete da Secretaria de Esportes de São Carlos, Fabiano Lourenço, os problemas existem, e devem ser solucionados em breve. “Fizemos o orçamento há três semanas, mas dias depois tivemos problemas com o ginásio [que fica anexo] e suspendemos as obras do Zuzão. O grande problema é que os relógios do estádio e do ginásio do Zuzão são interligados, por isso modificamos o projeto para torná-los independentes: trocaremos toda a fiação para que um evento não dependa dos dois lugares”, afirmou.

Fabiano disse ainda que os reparos serão iniciados em breve. “Já fizemos a solicitação e a equipe responsável pela manutenção aguarda apenas a liberação de um andaime para iniciar a reforma. Assim que ele ficar disponível, a obra tem início. Só que se o andaime chegar só na sexta (9), os reparos serão começados na próxima segunda-feira (12). A estimativa de conclusão das obras é de dez dias”, completa.

Dia 17 tem mais

Enquanto os problemas não são solucionados, a imprensa segue com dificuldade para trabalhar no Zuzão. Agregado a falta de segurança, a ausência de energia elétrica torna-se mais um empecilho para os que acompanham e principalmente para os que fazem a cobertura do futebol na Cidade do Clima.

E com ou sem energia, mas com a cobertura da equipe de reportagem do Futebol de São Carlos, a Águia volta a jogar no Zuzão pelos Campeonatos Paulista Sub-15 e Sub-17 no próximo dia 17 de maio, contra o Noroeste, a partir das 9h. A esperança por condições mínimas de trabalho para a imprensa sãocarlense continua. Resta saber até quando.