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Estopim dos protestos de 2013 foi o aumento do transporte público, mas houveram outras reivindicações (Foto: Saulo Marino) |
Escrito por Futebol de São Carlos
O ministro da Secretaria Geral da
Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse na última segunda-feira
torcer para a realização de protestos durante a Copa do Mundo deste ano, por
entender que as manifestações mostrarão ao mundo a força da democracia
brasileira.
“Tomara que aconteçam as
manifestações porque, diferentemente de outros países, temos uma democracia
viva e torço para que haja manifestações. Queremos que os turistas vejam nossa
democracia pulsante”, disse ele a jornalistas antes de participar de um encontro
com movimentos sociais no Rio de Janeiro.
No ano passado, na época em que
era realizada a Copa das Confederações, o país viveu uma onda de manifestações,
deflagrada pela contrariedade gerada pelo aumento das tarifas do transporte
público, mas que acabou por trazer uma gama de insatisfações, como com a
qualidade dos serviços públicos e os gastos públicos com a Copa do Mundo. Houve
protestos inclusive em São Carlos, com mais de 10 mil pessoas fechando o
transito na principal avenida da cidade.
Os protestos tornaram-se
violentos em várias partes do país, inclusive nas seis cidades que sediaram
jogos da Copa das Confederações, evento-teste para o Mundial deste ano. Carvalho
disse esperar que tais cenas de violência não se repitam, e reconheceu os
exageros cometidos também pelos policiais. Segundo ele, para que a violência
não seja reeditada, foi criado um plano nacional de capacitação e qualificação
de policiais para lidar com esse tipo de cobrança social.
Durante o evento na capital
carioca, manifestantes gritaram palavras de ordem contra a Copa do Mundo e
houve um princípio de tumulto entre os participantes do encontro.
Ainda assim, Carvalho disse que o
governo pretende usar os próximos 46 dias até a abertura do Mundial, com a
partida entre Brasil e Croácia em São Paulo, para mostrar à sociedade que a
Copa não é um fracasso e que o torneio trará vantagens ao país.
“Apostava-se que os estádios não
ficariam prontos e quebraram a cara... o fracasso não está se evidenciando.
Somos capazes sim de fazer uma grande Copa”, disse.
Resta saber se novos protestos,
como vimos em julho do ano passado, voltarão a acontecer por todo o país, inclusive no interior
paulista.
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Manifestação em São Carlos, em junho de 2013, fechou a principal avenida da cidade e reuniu mais de 10 mil (Foto: Saulo Marino) |
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