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Neymar saiu em defesa de Daniel Alves, vítima
de racismo na Espanha, e lançou campanha no Instagram: #somostodosmacacos
(Foto: Reprodução/Instagram)
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Escrito por Felipe Rossi*
Outro caso de racismo vem à tona.
Desta vez com um brasileiro. Novamente na Europa. Porém, com maestria, Daniel
Alves, o alvo da ofensa racista, tirou de letra: comeu a banana que foi atirada
em sua direção. No entanto, essa será uma das frutas mais difíceis de digerir,
não só para ele, mas para todos nós!
Uma pena dizer que essa infeliz
atitude da torcida do Villarreal, equipe da cidade de mesmo nome, localizada
perto de Valência, no leste da Espanha, não seja exclusividade de espanhóis ou
europeus. Hulk passou por isso na Rússia e Drogba na Turquia, mas não
precisamos ir tão longe para perceber que o racismo é tão real quanto cruel.
Recentemente casos como o do
brasileiro Tinga, jogador do Cruzeiro no Peru em partida da Libertadores da
América, do árbitro Márcio Chagas da Silva no Rio Grande do Sul e do volante
santista Arouca em partida contra o Mogi Mirim pelo Paulistão foram episódios
lamentáveis que aconteceram em 2014, o ano da Copa do Mundo na América do Sul,
no Brasil.
Nosso país, contudo, tem muito a
ensinar aos gringos. Em todos esses casos existe uma grande diferença: a
punição. Com Hulk e Drogba, não houve pena alguma, apesar de ter aberto o
diálogo que modificou o ‘Regulamento Disciplinar da Uefa’, utilizado em
ocorrências semelhantes depois. Já no caso Tinga houve a primeira punição da
Conmebol a algo do tipo, com uma simples multa de 12 mil dólares ao Real
Garcilaso, clube peruano responsável pela partida.
Enquanto isso, no Brasil, as
punições foram mais severas. A Federação Paulista estabeleceu uma multa de 50
mil reais mais a interdição imediata do Estádio Romildão, do Mogi Mirim. Já as
ofensas proferidas pela torcida do Esportivo contra o árbitro gaúcho Márcio
Chagas da Silva, levaram a equipe de Bento Gonçalves (RS) ao rebaixamento após
a perda de seis pontos, além de uma multa de 30 mil reais e a suspensão de seis
mandos de campo.
EM SÃO CARLOS – Ainda em 2011,
quando o São Carlos Futebol Clube lutava para subir chegar na Série A2, estava eu
acompanhando a histórica partida entre a Águia da Central e o Osvaldo Cruz.
Jogando em casa, a equipe de nossa cidade ainda perdia quando alguém resolveu
gritar ao árbitro do jogo Guilherme Lino Porfirio, negro, ofensas racistas
chamando-o de “macaco”; de prontidão, um outro torcedor se levantou e
esbravejou: “Cala a boca! Você sabe que pode ser punido, né?”, se apoiando na
Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define racismo como crime, em nosso
país.
Por que me lembro deste caso?
Para dar mais sustentação à minha conclusão. O Brasil está distante de ser uma
perfeição, longe de ser um exemplo de nação, mas a “República das Bananas” tem
muito a ensinar ao mundo no combate ao racismo. Espero que um dia, e que este
dia chegue logo, nós saibamos que #somostodosmacacos.
BOLA EM JOGO:
Racismo não!
Se você ainda não viu, o vídeo de Daniel Alves pode ser
encontrado aqui: http://youtu.be/Jv6VR0aSO7o
Oller fica
Após as sondagens recebidas por Rafael Oller e muita
especulação, nada se concretizou e o jogador fica para o Campeonato Sub-20
deste ano...
Futuro incerto
No entanto, para a Copa São Paulo de Futebol Júnior e para o
Campeonato Paulista da Segunda Divisão, ninguém garante a permanência do jovem
meia!
Cancelado
Como foi mal explicado pela Federação Paulista esse
adiamento das partidas entre São Carlos e Ferroviária pelo Sub-15 e Sub-17
marcadas para a Arena da Fonte, em Araraquara, né...!?
Lambança de quem?
Havia um sorteio de casas populares na hora do jogo, mas a
Ferroviária não sabia? Se sim, notificou a Federação? E se notificou, porque a
FPF não mudou o local antes? Estranho, hein?!
Começou bem...
Foi boa a estreia do são-carlense Gilmar Rodrigues,
ex-Paulistinha, no comando do lanterna XV de Jaú, empatou com então líder
Guariba, do técnico João Martins, jogando em casa.
*Felipe Rossi tem 23 anos e é jornalista esportivo. além de graduando em Ciências Sociais na UFSCar. Apaixonado pelos times da Cidade do Clima, frequenta as arquibancadas do Luisão desde o fim da década de 1990.
*Felipe Rossi tem 23 anos e é jornalista esportivo. além de graduando em Ciências Sociais na UFSCar. Apaixonado pelos times da Cidade do Clima, frequenta as arquibancadas do Luisão desde o fim da década de 1990.
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