sexta-feira, 4 de abril de 2014

PAULISTINHA: Gilmar lembra dificuldades antes de começar a Bezinha: "Tenho saudades"

Com Gilmar como técnico, Paulistinha fez sucesso na Série B de 2013 (Foto: Saulo Marino)
Escrito por Gustavo Curvelo

Começa neste sábado (5) mais uma edição da Série B do Campeonato Paulista, equivalente à quarta divisão do futebol do estado de São Paulo. Neste ano, com 39 equipes, o torneio não terá nenhum representante de São Carlos, diferente do que aconteceu em 2013, quando o Clube Atlético Paulistinha ficou em 6º lugar entre 45 participantes, chegando muito perto do acesso.
Na época, um dos principais responsáveis pela campanha foi Gilmar Rodrigues, que acumulou o cargo de técnico e dirigente do CAP. Conhecedor da competição como poucos, ele relembrou, com exclusividade para o Futebol de São Carlos, as dificuldades de jogar o torneio.
“Sem dúvida a Segunda Divisão é o campeonato mais difícil de conquistar o acesso no Brasil, porque é um torneio muito longo, estressante, com alguns estádios ruins e algumas equipes de um nível técnico muito baixo, dificultando o futebol de equipes como o Paulistinha de 2013, que era bastante técnica”, analisa Gilmar.
Outro ponto ressaltado pelo diretor foi a questão financeira, que além de afastar o Tio Patinhas da competição no ano da Copa do Mundo, também fez com que equipes da região como Américo e Palmeirinha optassem pelo licenciamento. “Tenho saudades da Bezinha e queria disputar novamente, mas se eu fosse montar um elenco seria para chegar ao acesso, e não simplesmente para participar. Infelizmente não foi só o Paulistinha, aconteceu com outros times também, a situação financeira compromete. Não ter apoio e querer disputar acesso é complicado, pois o custo é alto”.
“Hoje o futebol brasileiro precisa investir em jogadores mais novos, e isso está comprovado que dá resultado. O maior exemplo é o Santos, que todo ano tem revelado bons nomes”, comenta, fazendo referencia ao regulamento do torneio, que permite atletas com até 23 anos de idade, com exceção feita a três jogadores por clube.

O segredo do sucesso

Para os times que sonham chegar longe, Gilmar compartilha a fórmula do seu sucesso. “O Paulistinha deixou um legado na Segunda Divisão, que foi o do futebol técnico. Até hoje muito dirigentes comentam que a Bezinha não será mais a mesma depois da nossa passagem, pois inovamos na forma de jogar, evitando chutões e sempre procurando o gol”.
“Eu sabia que o Paulistinha daria certo, até porque fiz um trabalho apenas com meninos de São Carlos em 2010, e mesmo o time sendo eliminado na primeira fase, usei aquilo como experiência para 2013, então não me surpreendo com nosso desempenho. Se fosse para montar um time apenas para disputar o campeonato, eu não teria inscrito o Paulistinha”, completa.

Mesmo sem o Paulistinha, a edição de 2014 contará com equipes tradicionais do interior, como XV de Jaú, União São João de Araras, Nacional e Olímpia. Mas a grande atração desta temporada é o Tanabi, que contratou o atacante paraguaio Salvador Cabañas, de 33 anos, que tenta voltar a jogar em alto nível quatro anos após ser baleado no México. Se essas equipes quiserem buscar o acesso, terão que disputar nada menos do que 28 jogos, durante sete meses de competição, e se dar bem na maioria deles.

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