Rádio se torna a opção para torcedores de São Carlos que querem acompanhar jogos ao vivo (Foto: Gustavo Curvelo/Futebol de São Carlos) |
Escrito por Futebol de
São Carlos
Dificuldade financeira:
uma triste realidade que atinge alguns meios de comunicação do Brasil, não só
veículos impressos, mas também algumas emissoras de televisão e rádio. A quem
diga que os jornais impressos acabarão em breve, substituídos pela internet, e
que as rádios estão com os dias contados. Mas o publicitário e professor da
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) Antônio Jorge
Pinheiro, contrariou os boatos apresentando ao canal SporTv estatísticas
surpreendentes: as rádios estão convivendo com uma realidade muito melhor do
que o esperado.
Segundo uma análise
feita projeto Inter-Meios, em 2012 o rádio, principalmente na capital, teve um
crescimento em investimento publicitário maior até mesmo que a internet. “O
investimento publicitário nunca caiu, ele vem crescendo ano a ano. Independente
das correções da tabela de preço, a cada ano que passa o investimento cresce.
Na hora do esporte você vai ter até quatro emissoras, por exemplo, que
normalmente você tem o hábito de ouvir, o que distribui o investimento”,
afirmou o professor universitário.
E o rádio, quem diria,
fiel escudeiro dos torcedores nos estádios brasileiros, quiçá de São Carlos,
onde transmissões televisivas são praticamente nulas, mostra-se fortalecido em
pleno século XXI. Por isso a equipe do Futebol de São Carlos foi saber como
anda as coisas aqui no interior paulista. Para isso contactamos Valdemar
Zanette, diretor de publicidade da Rádio São Carlos AM, que faz a cobertura de
todos os jogos das equipes profissionais da cidade.
“Estamos satisfeitos
com os investimentos em publicidade em 2013. Embora todas as dificuldades,
passamos por um ano positivo. Tivemos transmissões com bons patrocinadores, e
um mercado favorável que rádio nenhuma em São Carlos teve. Podemos dizer que no
esporte os melhores patrocinadores da cidade estavam conosco”, avalia.
Segundo Zanette, a
audiência é diretamente influenciada pelo bom desempenho dos clubes dentro de
campo. “Essa é uma lógica simples: um time que tem torcida, a rádio tem
audiência, porque o torcedor tem interesse no jogo, e vice-versa”, explica.
Apesar do otimismo das
rádios e do aumento em publicidade na capital, o narrador dos jogos de São
Carlos e Paulistinha observa com cautela o futuro das rádios no interior,
sobretudo paulista, e deixa uma mensagem no ar. “Se o pessoal não pensar em investir em programação local, as rádios podem sim acabar um dia, porque
ficaremos dependendo de emissoras da capital, o que já está acontecendo com
algumas emissoras do interior. Essas emissoras preferem fazer isso para
diminuir despesas, número de funcionários, etc”, completa Zanette.
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