segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

PESQUISA: Companheiro do torcedor, rádio continua forte em pleno séc. XXI

Rádio se torna a opção para torcedores de São Carlos que querem acompanhar jogos ao vivo (Foto: Gustavo Curvelo/Futebol de São Carlos)

Escrito por Futebol de São Carlos

Dificuldade financeira: uma triste realidade que atinge alguns meios de comunicação do Brasil, não só veículos impressos, mas também algumas emissoras de televisão e rádio. A quem diga que os jornais impressos acabarão em breve, substituídos pela internet, e que as rádios estão com os dias contados. Mas o publicitário e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) Antônio Jorge Pinheiro, contrariou os boatos apresentando ao canal SporTv estatísticas surpreendentes: as rádios estão convivendo com uma realidade muito melhor do que o esperado.
Segundo uma análise feita projeto Inter-Meios, em 2012 o rádio, principalmente na capital, teve um crescimento em investimento publicitário maior até mesmo que a internet. “O investimento publicitário nunca caiu, ele vem crescendo ano a ano. Independente das correções da tabela de preço, a cada ano que passa o investimento cresce. Na hora do esporte você vai ter até quatro emissoras, por exemplo, que normalmente você tem o hábito de ouvir, o que distribui o investimento”, afirmou o professor universitário.
E o rádio, quem diria, fiel escudeiro dos torcedores nos estádios brasileiros, quiçá de São Carlos, onde transmissões televisivas são praticamente nulas, mostra-se fortalecido em pleno século XXI. Por isso a equipe do Futebol de São Carlos foi saber como anda as coisas aqui no interior paulista. Para isso contactamos Valdemar Zanette, diretor de publicidade da Rádio São Carlos AM, que faz a cobertura de todos os jogos das equipes profissionais da cidade.
“Estamos satisfeitos com os investimentos em publicidade em 2013. Embora todas as dificuldades, passamos por um ano positivo. Tivemos transmissões com bons patrocinadores, e um mercado favorável que rádio nenhuma em São Carlos teve. Podemos dizer que no esporte os melhores patrocinadores da cidade estavam conosco”, avalia.
Segundo Zanette, a audiência é diretamente influenciada pelo bom desempenho dos clubes dentro de campo. “Essa é uma lógica simples: um time que tem torcida, a rádio tem audiência, porque o torcedor tem interesse no jogo, e vice-versa”, explica.
Apesar do otimismo das rádios e do aumento em publicidade na capital, o narrador dos jogos de São Carlos e Paulistinha observa com cautela o futuro das rádios no interior, sobretudo paulista, e deixa uma mensagem no ar. “Se o pessoal não pensar em investir em programação local, as rádios podem sim acabar um dia, porque ficaremos dependendo de emissoras da capital, o que já está acontecendo com algumas emissoras do interior. Essas emissoras preferem fazer isso para diminuir despesas, número de funcionários, etc”, completa Zanette.

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